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Metalúrgicos de Betim

Quem vai defender os trabalhadores nestas eleições?

Imprensa - 10/11/2020 525 Views
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Você conhece alguém – um parente, um amigo, um vizinho – que está desempregado? É provável que sua resposta seja “sim”. E também é possível que você conheça não apenas uma pessoa sem emprego – mas duas, três ou talvez mais.

 

Segundo o IBGE, o desemprego voltou a bater recorde. Na última semana de setembro, havia mais de 14 milhões de brasileiros sem trabalho. Outros 15,3 milhões de trabalhadores já nem procuram emprego mais, seja em virtude da pandemia, seja por falta de perspectivas.

 

Uma segunda pesquisa, feita pelo Instituto Ipsos a pedido do Fórum Econômico Mundial, mostra que o Brasil está entre os países em que os trabalhadores mais têm medo de ficar sem ocupação. São 63% de brasileiros que estão trabalhando hoje, mas temem perder o emprego nos próximos 12 meses.

 

Não é de hoje que temos denunciado as causas dessa crise. Depois do golpe de 2016, a situação dos trabalhadores piora ano a ano, devido a retrocessos como a reforma trabalhista, a lei da terceirização irrestrita, o teto de gasto e a reforma da Previdência. 

 

Com Temer e Bolsonaro, perdemos direitos, empregos e proteção social. Infelizmente, os empresários aplaudem a precarização do trabalho e tentam retirar ainda mais direitos. Aliam-se a um governo antidemocrático, ultraliberal e antipovo, que não consegue dar rumo para a economia, nem sem empenha em gerar empregos.

 

O governo federal deveria ser o motor da economia – o agente indutor de emprego e renda para os brasileiros. Mas já sabemos que esses compromissos não serão realmente abraçados por Bolsonaro, Paulo Guedes e companhia. Por isso, cresce a importância dos governos estaduais e municipais para a defesa dos trabalhadores e do emprego, além de uma rede de proteção e assistência.

 

Em ano de eleições nas cidades, é fundamental que os eleitores conheçam as propostas dos candidatos a prefeito e a vereador, cobrem projetos de interesse popular e votem em lideranças comprometidas com os trabalhadores. Nós, do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, propomos um amplo debate sobre esses temas.

 

Defendemos que cada cidade média e grande tenha uma Secretaria Municipal de Emprego e Renda. Que haja estímulo à indústria e a setores com mais potencial de gerar empregos. Que os trabalhadores desempregados tenham passe-livre no transporte público. Que governos, empresas e sindicatos busquem parcerias em termos de capacitação profissional, assistência e apoio aos trabalhadores. 

 

A política é o principal meio para melhorar a vida das pessoas, o mercado de trabalho e os serviços públicos. Em 15 de novembro, o voto de 148 milhões de brasileiros vai determinar o destino de 5.569 municípios do País. Mesmo quem não gosta de política precisa exercer esse direito com responsabilidade e sabedoria, em nome do futuro possível e melhor.

 

Que nos quatro de mandato dos prefeitos e vereadores eleitos os trabalhadores sejam valorizados – e que o temor de perder o emprego seja cada vez menor.

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