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Metalúrgicos de Betim

A Campanha Salarial Unificada 20/21

Imprensa - 10/11/2020 1990 Views
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O início de um novo ano trás consigo a esperança por dias melhores. Você se prepara, recarrega as energias, para colocar em prática tudo o que desejou ou planejou para os próximos 365 dias. Mas, 2020 já iniciou diferente, ao fundo era possível perceber que havia algo errado no mundo, um vírus havia sido descoberto na China e em janeiro já se espalhava pela Europa.

 

Não demorou muito e os casos no Brasil começaram a surgir. Uma crise sanitária foi instalada no país e além de aprendermos a nos distanciar das pessoas que amamos, foi necessário se reinventar – já que a pandemia afetou o mercado de trabalho.

 

Muitos trabalhadores e trabalhadoras perderam seus postos de trabalho. Outros sofreram, e ainda sofrem, com a redução de salário. E todos conseguem perceber a alta dos alimentos e produtos básicos de sobrevivência.

 

E nós metalúrgicos e metalúrgicas, que sempre produzimos uma das maiores riquezas desse país? Sofremos com as reduções de salário, mas de agosto para cá o que temos sentindo na pele são as inúmeras horas extras e a carga de trabalho crescendo mais e mais. O momento atípico, nos permitia uma previsão pessimista durante a Campanha de PLR, entretanto, conseguimos nos manter firmes, resistimos duramente ao longo das negociações e o resultado foi satisfatório.

 

Mas agora é o momento de um novo embate. Dizer que o Brasil enfrenta uma crise não é novidade, pois já estamos mergulhados nela há anos. O que não podemos permitir é que a guerra política use a crise sanitária como tática para retirar o direito de nós trabalhadores e trabalhadoras.

 

Nesse novo embate, temos de um lado a representação dos metalúrgicos e metalúrgicas que brigam pela garantia dos direitos da categoria. Do outro lado, a representação patronal quer se valer da crise sanitária para apresentar um pacote de maldades, que retira direitos conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras ao longo de muitas décadas.

 

Nós não vamos permitir. Nossa resistência e unidade foram essenciais para conquistar acordos de PLR satisfatórios. E é com esse mesmo entusiasmo e coragem que votamos NÃO para a proposta apresentada pela Fiemg e vamos seguir fortes, em busca de negociações diretas com as empresas, que protejam nossos direitos e nos garantam viver com dignidade.

 

Em 31 de julho entregamos nossa pauta de reinvindicações para a representação patronal, a Fiemg. Mas, contrariando anos anteriores, muitas empresas que negociavam diretamente com o Sindicato se esconderam “atrás” da Fiemg e não iniciaram as negociações diretas com o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Betim e Região.

 

Até o início de novembro, sete empresas finalizaram acordo data base, gerando aos trabalhadores e trabalhadoras reposição salarial e a manutenção de direitos.

 

A luta continua e nós não vamos aceitar que retirem os nossos direitos. Seguimos confiantes e firmes, em busca de negociações que valorizem os metalúrgicos e metalúrgicas.

 

O ano está aproximando do fim e nossas expectativas não serão diferentes, manteremos nossa luta por dias melhores.

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